07/Abr/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (06/04). Os ganhos foram sustentados pela percepção de que os preços mais altos não estão conseguindo inibir a demanda. Isso se tornou uma preocupação maior depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou uma área plantada menor do que a esperada. O mercado está tentando racionar a soja da safra velha para aumentar o estoque de passagem para o próximo ciclo e atender à demanda projetada.
O vencimento maio da oleaginosa subiu 6,00 cents (0,42%) e fechou a US$ 14,18 por bushel. Se o rendimento da soja ficasse apenas um pouco abaixo do verificado no ciclo atual, em 3,35 toneladas por hectare, os estoques finais em 2021/2022 ficariam negativos em 1,85 milhão de toneladas. Se a produtividade ficasse em linha com a de 2019/2020, os estoques ficariam negativos em 7,51 milhões de toneladas. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, contribuiu para a alta. O mercado também foi influenciado pelo desempenho do óleo de soja, que subiu 2%.
O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do óleo de palma e o fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Os atrasos na colheita no Brasil também deram suporte aos preços. Esses atrasos levaram importadores a recorrer à soja dos Estados Unidos por um período mais longo do que o normal. Além disso, a restrição de oferta fez com que os estoques de soja da China caíssem recentemente para 4,7 milhões de toneladas, o menor nível em dez meses.