06/Abr/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (05/04). O desempenho refletiu a expectativa de aperto ainda maior dos estoques nos Estados Unidos após uma projeção de área plantada que veio abaixo do esperado. O clima terá de ser ideal desde o plantio até a colheita para evitar que a oferta fique mais apertada. Caso contrário, o mercado terá de racionar a demanda por meio de preços mais altos.
O vencimento maio da oleaginosa subiu 10,75 cents (0,77%) e fechou a US$ 14,12 por bushel. Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou a área de soja em 35,45 milhões de hectares, em comparação a 33,62 milhões de hectares na temporada 2020/2021. Se o rendimento da soja ficasse apenas um pouco abaixo do verificado no ciclo atual, em 3,35 toneladas por hectare, os estoques finais em 2021/2022 ficariam negativos em 1,85 milhão de toneladas.
Se a produtividade ficasse em linha com a de 2019/2020, os estoques ficariam negativos em 7,51 milhões de toneladas. Os relatórios de intenção de plantio e trimestral de estoques certamente dão suporte aos preços e determinam que o mercado deverá se concentrar em estimular produtores nos Estados Unidos a semear uma área maior de soja e na necessidade de produtividade quase recorde.
No dia 1º de abril, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de soja na Argentina atingiu 1,02% da área semeada, um atraso de 7,12% ante a época correspondente do ano passado. Chuvas abundantes na última semana dificultaram a entrada das colheitadeiras nos campos. Até agora, os rendimentos reportados estão abaixo das médias históricas. Na província de Córdoba, a produtividade média está em 3.000 quilos por hectare. O rendimento médio nacional está em 2.800 quilos por hectare, e a expectativa de produção foi mantida em 44 milhões de toneladas.