29/Mar/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (26/03). Assim como nas últimas sessões, o mercado foi influenciado pelo desempenho do óleo de soja, que recuou mais de 4% pelo segundo dia seguido. O derivado vem passando por uma correção após os ganhos recentes e acompanhou a queda expressiva do óleo de palma, que é seu concorrente em alimentação e na fabricação de biodiesel. Mesmo com as perdas das duas últimas sessões, o óleo de soja ainda acumula valorização de quase 5% em março e de mais de 26% desde o começo do ano. O vencimento maio da soja em grão caiu 13,75 cents (0,97%) e fechou a US$ 14,00 por bushel.

O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras, também pressionou os contratos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Outro fator que pesou sobre as cotações foi o clima favorável na América do Sul. As chuvas alcançaram as partes mais secas da Argentina, e, embora isso possa não melhorar a produção, provavelmente está evitando uma piora da safra. Percebe-se uma mudança no Brasil que está permitindo o avanço da colheita. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que as chuvas na Argentina na última semana melhoraram a perspectiva para as lavouras de 2ª safra implantadas mais tarde.

O clima mais úmido chegou a tempo para setores do Nordeste do país, do centro-norte de Santa Fé e do sul de Buenos Aires e La Pampa. Mesmo assim, em grande parte do centro da Argentina, as precipitações não afetarão diretamente o rendimento. A parcela da safra em condição boa ou excelente aumentou levemente na semana passada, de 6% para 7%. Já a parcela em condição regular ou ruim se manteve em 32%. Traders também ajustaram posições antes dos relatórios de intenção de plantio e trimestral de estoques, que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica na quarta-feira (31/03).