25/Mar/2021
Os futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira (24/03) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram novamente sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que vem subindo com a oferta global apertada. O maior uso de óleo de soja em ração animal e na fabricação de biodiesel na China e em outros países está reduzindo os estoques do derivado. Além disso, o esmagamento de soja no país asiático está se desacelerando. O óleo de soja também acompanhou a alta do petróleo, que faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel.
O derivado é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento maio da soja em grão subiu 9,50 cents (0,67%) e fechou a US$ 14,32 por bushel. A percepção de que os preços mais altos da soja não estão conseguindo inibir a demanda também deu suporte às cotações do grão. No começo deste mês, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou as reservas domésticas de soja ao fim da temporada 2020/2021 em 3,27 milhões de toneladas, o que representa o menor nível em sete anos. Os ganhos foram limitados pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras.
O Brasil é o maior concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 13,307 milhões e 16,186 milhões de toneladas em março, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Traders também mantiveram uma postura cautelosa antes do relatório de intenção de plantio e trimestral de estoques, que o USDA publica no dia 31 de março. No mês passado, durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, o USDA projetou uma área de soja de 36,42 milhões de hectares neste ano, o que representa aumento de 2,79 milhões de hectares em relação ao ano passado.