18/Mar/2021
Os futuros de soja fecharam em baixa nesta quarta-feira (17/03) na Bolsa de Chicago. A ausência de nova demanda chinesa pelo grão norte-americano pesou sobre os contratos. A última vez que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou uma venda avulsa de soja para a China foi no dia 29 de janeiro. Por outro lado, nos últimos dois dias foram anunciadas vendas de milho para o país asiático totalizando 2,38 milhões de toneladas. O vencimento maio da oleaginosa cedeu 5,50 cents (0,39%) e fechou a US$ 14,17 por bushel.
Chuvas que começaram na terça-feira (16/03) em algumas áreas da Argentina também pressionaram as cotações. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires afirmou que essas chuvas devem evitar mais perdas de produtividade. Quanto ao Brasil, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) elevou sua expectativa de produção de soja na safra 2020/2021, de 132,6 milhões para 134,8 milhões de toneladas. O novo número representa um recorde. As preocupações com as chuvas persistem, mas são questões localizadas. A avaliação global é de uma safra muito boa.
Os problemas na qualidade da safra causados pelas chuvas, como excesso de umidade e grãos avariados, estão no radar da indústria, mas cada empresa tem a sua avaliação individual. As perdas foram limitadas pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 13,307 milhões e 16,446 milhões de toneladas em março, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Na semana passada, a estimativa era de um volume entre 13,307 milhões e 15,514 milhões de toneladas.