12/Mar/2021
Segundo o Itaú BBA, a perspectiva de firme demanda global por grãos e proteína animal pelos próximos anos, especialmente vinda da China, pode sustentar um ciclo de quatro a cinco anos de preços de grãos firmes. Isso pode ocorrer até ter uma regularização do balanço de oferta e demanda, considerando que já há um cenário de demanda. No Brasil, há estímulos para o aumento de produção de soja na safra 2021/2022, ainda que a relação de troca entre soja e fertilizantes esteja bem acima da observada nas últimas safras.
Para um produtor comprar uma tonelada de MAP (fosfato monoamônico) atualmente, precisa desembolsar, em média, 25,1 sacas de 60 Kg de soja. Na safra 2020/2021, a média foi de 16,8 sacas de 60 Kg por tonelada; em 2019/2020, 17,6 sacas de 60 Kg por tonelada e, em 2018/2019, 21,6 sacas de 60 Kg por hectare. Apesar da relação de troca menos vantajosa para o produtor, as margens de lucro ainda estão favoráveis e devem estimular aumento de produção. Outro ponto que pode contribuir para os preços sustentados, no Brasil, é a comercialização antecipada da soja da safra 2021/2022, tal qual ocorreu com a produção de 2020/2021.
Apesar de parte dos produtores ter ficado frustrada por negociar antecipadamente, no ano passado, a soja de 2020/2021 por preços bem abaixo dos atuais, o setor deve voltar a travar previamente a soja em um ritmo semelhante ao do ano passado, a fim de evitar altas dos custos de produção. Os custos estão subindo, então de maneira geral pode ter uma curva de fixação da soja parecida com a da safra passada. Muitas das fixações (vendas antecipadas) ocorreram no ano passado junto com a compra de insumos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.