11/Mar/2021

Em reunião com parlamentares e associações, o Ministério de Minas e Energia (MME) indicou, nesta quarta-feira (10/03), que o governo vai manter o percentual de mistura de biodiesel no óleo diesel comercializado no Brasil em 13%. A sinalização vai contra o pleito da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), que defendeu a redução da mistura. Segundo a entidade, a medida reduziria o custo do combustível no País.

A mistura de biodiesel no diesel comercial passou a ser de 13% neste mês. Nos últimos 12 meses, o governo tinha mantido em 12%. A medida está prevista em uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que é presidido pelo Ministério de Minas e Energia. Conforme a resolução, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fica autorizada a ampliar a mistura em 1% ao ano, até chegar a 15% em 2023.

A manutenção foi acordada com o Ministério da Economia e com o Ministério da Agricultura. Ficou definido que o programa RenovaBio é uma política de Estado, não de governo, e que a mistura está mantida. E continuarão os avanços para que essa mistura aumente. O encontro contou com participação de parlamentares e representantes das indústrias de óleos vegetais e produtores de biocombustíveis. A percepção é de que houve um erro de interpretação da CNT sobre a medida.

A CNT defendeu um corte pela metade da mistura atual e sugere a possibilidade de esse nível ser zerado por determinado período. Se essa redução for na ordem de 50% ou mais, haverá alívio imediato sobre o preço do combustível, pressionado pela cotação internacional do petróleo e pela desvalorização do Real frente ao dólar. A entidade ainda afirma que o percentual destoa do nível praticado em outros países. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.