09/Mar/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta segunda-feira (08/03), antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta terça-feira (09/03). O vencimento maio da oleaginosa subiu 3,75 cents (0,26%) e fechou a US$ 14,33 por bushel. Atrasos na colheita de soja no Brasil também deram suporte às cotações. Com umidade alta já há algumas semanas em pontos de Mato Grosso e das Regiões Norte e Nordeste do País, os problemas de qualidade têm se avolumado.

Além disso, a grande quantidade de soja saindo do campo com umidade elevada tem causado filas de caminhões em alguns armazéns de recebimento, já que a padronização dos lotes vem demandando mais tempo por causa da umidade em excesso. A previsão de clima seco na Argentina nesta semana contribuiu para os ganhos. Traders também acreditam que a inflação no país sul-americano pode fazer com que parte da soja seja redirecionada para o mercado interno, reduzindo ainda mais a oferta global. O mercado também foi influenciado pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 1%.

O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do óleo de palma e dados que mostraram aumento das importações chinesas de óleos vegetais em janeiro e fevereiro deste ano. Segundo a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), o país importou 2,04 milhões de toneladas de óleos vegetais no primeiro bimestre deste ano, um aumento de 48,4% na comparação com igual período de 2020. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 587.594 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana encerrada em 4 de março, uma queda de 41,5% ante a semana anterior.