05/Mar/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago devolveram boa parte dos ganhos e fecharam em leve alta nesta quinta-feira (04/03). Os preços foram sustentados por preocupações com o clima seco na Argentina, que pode estressar as lavouras. Segundo a meteorologia, a previsão para áreas de cultivo do país é de chuvas isoladas e temperaturas acima do normal nos próximos dias. O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires reduziu para 47,5 milhões de toneladas sua projeção para a safra argentina de soja, de 50 milhões de toneladas previstas no início de janeiro.
O vencimento maio da oleaginosa ganhou 3,00 cents (0,21%) e fechou a US$ 14,10 por bushel. A maior preocupação neste momento é a Argentina. Além de não chover o suficiente, as temperaturas estão subindo. Isso vai acelerar o estresse das lavouras. O desempenho do óleo de soja, que subiu quase 2%, contribuiu para a alta. O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do petróleo, que faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel.
O mercado está sem rumo nas últimas sessões, e o relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na terça-feira (09/03), pode ajudar nesse sentido. Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. O USDA informou que exportadores venderam 334 mil toneladas de soja da safra 2020/2021, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 25 de fevereiro. O volume representa alta de 98% ante a semana anterior, mas queda de 33% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2021/2022, foram vendidas 199.400 toneladas.