04/Mar/2021
Segundo o Itaú BBA, os preços de soja devem continuar firmes nos próximos meses na Bolsa de Chicago, refletindo a perspectiva de aperto dos estoques nos Estados Unidos. Isso sugere que os preços tendem a seguir sustentados para racionar a demanda e estimular o aumento da produção no próximo ano-safra. Apesar das chuvas que melhoraram a condição das lavouras em boa parte do Brasil, a safra da Argentina segue com alto nível de incerteza por causa do baixo volume de chuvas nas principais áreas de cultivo em fevereiro.
Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a parcela da safra argentina em condição boa ou excelente era de 15% em 25 de fevereiro, em comparação a 64% um ano antes. A demanda firme por derivados de soja também deve influenciar as cotações do grão. Especificamente no caso do óleo, as boas perspectivas para a utilização do derivado nos programas de biodiesel no mundo atreladas aos indícios de baixos estoques de óleo de palma devem dar o tom altista para o mercado.
No entanto, há riscos para a demanda, como o recrudescimento da pandemia de Covid-19 e o aumento de casos de peste suína africana (PSA) na China. A aceleração da colheita de soja no Brasil pode pressionar um pouco as cotações. Entretanto, os elevados patamares dos preços na Bolsa de Chicago, somados ao câmbio desvalorizado, tendem a sustentar o valor do grão. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.