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26/Fev/2021

Futuros em queda com as fracas vendas dos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (25/02), após dados de vendas externas dos Estados Unidos que vieram abaixo da expectativa do mercado. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 167.900 toneladas de soja da safra 2020/2021, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 18 de fevereiro. O volume representa queda de 63% ante a semana anterior e de 72% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2021/2022, foram vendidas 70.800 toneladas. A China comprou apenas 66 mil toneladas do volume total, de 238.700 toneladas, devido ao feriado do ano novo lunar no país.

O vencimento maio caiu 18,25 cents (1,28%) e fechou a US$ 14,07 por bushel. As vendas menores podem ser um sinal de que os preços mais altos estão começando a inibir a demanda. Em 2021 até agora, a soja acumula valorização de cerca de 8%. Porém, a demanda continua forte e a perspectiva para os preços ainda é de alta. Mas, isso não significa que não pode ocorrer uma correção saudável para tirar alguns comprados fracos do mercado. Novos modelos meteorológicos indicam clima mais favorável em áreas de cultivo do Brasil, o que também pesou sobre os contratos. De acordo com a meteorologia, a previsão para áreas centrais e da Região Norte do País ainda é de clima úmido, mas com precipitações cada vez mais fracas, o que pode permitir o avanço da colheita.

Os negócios também foram influenciados pela perspectiva de uma área plantada maior nos Estados Unidos. Na semana passada, durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, o USDA informou que a área de soja deve aumentar 8,3%, ou 2,79 milhões de hectares, em relação à temporada anterior, para 36,4 milhões de hectares. Caso se confirme, vai se aproximar da maior área já registrada. O recorde foi estabelecido em 2017, quando agricultores plantaram 36,5 milhões de hectares com soja. Por trás do esperado aumento estão os preços da oleaginosa, que alcançaram US$ 14,26 por bushel na quarta-feira (24/02), o maior nível desde julho de 2014.