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24/Fev/2021

Futuros avançam para impor retração de demanda

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta de mais de 2% nesta terça-feira (23/02). O mercado está tentando encontrar um preço que comece a inibir a demanda. As margens estimadas de esmagamento continuam fortes, então processadoras não devem desacelerar o ritmo tão cedo. Além disso, com as taxas crescentes de frete marítimo, os custos de importar soja para os Estados Unidos neste verão do Hemisfério Norte estão subindo.

Os Estados Unidos precisam encontrar uma forma de racionar a demanda, tendo em vista a perspectiva de aperto dos estoques domésticos, e alguns analistas vêm especulando que o país talvez tenha de importar a oleaginosa. O vencimento maio avançou 21,00 cents (1,51%) e fechou a US$ 14,08 por bushel. Fundos de investimento adicionaram posições compradas com base em fatores técnicos. O mercado parece estar seguindo padrões gráficos, sem grandes mudanças nos fundamentos.

Os atrasos na colheita no Brasil também deram suporte às cotações. A meteorologia informou que a previsão é de chuvas entre moderadas e fortes em áreas centrais do País, o que deve atrasar ainda mais os trabalhos. Em áreas centrais da Argentina, o tempo quente e seco pode aumentar o estresse das lavouras. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu a previsão de exportação de soja do Brasil em fevereiro, e disse que a revisão se deveu em parte aos atrasos na colheita.

A estimativa foi cortada para entre 5 milhões e 6,083 milhões de toneladas, de um intervalo de 6 milhões a 7,993 milhões de toneladas na semana passada. O lineup indica 6,083 milhões de toneladas de soja a serem embarcadas em fevereiro. Mas, é importante observar que, devido aos atrasos na colheita e à previsão de chuva durante o embarque ao longo do mês, existe a possibilidade de menor carregamento de cargas, levando a um número entre 5.000.000 e 6.083.467 toneladas.