23/Fev/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (22/02), com atrasos na colheita no Brasil. Segundo a meteorologia, chuvas no último fim de semana em Mato Grosso atrasaram ainda mais a colheita, e o clima deve continuar úmido nesta semana. O vencimento maio da oleaginosa ganhou 7,50 cents (0,54%) e fechou a US$ 13,87 por bushel. A possibilidade de que a área plantada nos Estados Unidos seja menor do que a projetada na semana passada pelo governo do país também deu suporte às cotações. Importantes regiões produtoras dos Estados Unidos podem ter clima quente e seco entre maio e julho.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a área de soja deve aumentar 8,3%, ou 2,79 milhões de hectares, em relação à temporada anterior, para 36,4 milhões de hectares. No entanto, a projeção estava condicionada a clima favorável em regiões de cultivo. Os ganhos foram limitados pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Traders também esperam que os preços fiquem mais voláteis nesta semana, com ajustes de posição antes do fim do mês. Isso pode facilmente criar grandes oscilações de preço.

Levantamento semanal da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), divulgado na sexta-feira (19/02) mostrou que fundos de investimento reduziram suas apostas na alta dos preços de soja na semana encerrada em 16 de fevereiro. A posição líquida comprada desses agentes diminuiu 6,2% no período, de 159.544 para 149.633 lotes. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 721.845 toneladas de soja foram inspecionadas em portos norte-americanos na semana encerrada em 18 de fevereiro, queda de 21,72% ante a semana anterior. Do total, 155.928 toneladas tinham como destino a China. O feriado do Ano Novo Lunar chinês, encerrado na semana passada, limitou os embarques para o país asiático.