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22/Fev/2021

Futuros em alta com estoques apertados nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta na sexta-feira (19/02), com a perspectiva de que os estoques nos Estados Unidos continuem apertados na próxima temporada. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou, durante o Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas, que as reservas devem somar 3,946 milhões de toneladas ao fim de 2021/2022. O número representa aumento de 21% ante os 3,265 milhões de toneladas estimados para 2020/2021, mas ainda assim é um dos menores dos últimos anos. Embora tenha vindo abaixo da expectativa, a previsão não foi suficiente para estimular um rali maior de preços. O vencimento março ganhou 3,50 cents (0,25%) e fechou a US$ 13,80 por bushel.

Segundo o USDA, a produção de soja nos Estados Unidos em 2021/2022 deve totalizar 123,15 milhões de toneladas, aumento de 9,4% ante os 112,53 milhões de toneladas colhidos no ano passado. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. O USDA informou que exportadores venderam 455.900 toneladas de soja da safra 2020/2021, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 11 de fevereiro. O volume representa queda de 43% ante a semana anterior e de 53% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2021/2022, foram vendidas 168 mil toneladas. Preocupações com a safra da América do Sul também deram suporte às cotações.

De acordo com a meteorologia, a previsão ainda é de chuvas entre moderadas e fortes em áreas centrais e da Região Norte do Brasil, o que deve atrasar ainda mais a colheita. Na Região Sul do País, porém, o clima deve continuar seco por vários dias. Na Argentina, a expectativa é de clima predominantemente seco na próxima semana. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a parcela da safra argentina em condição boa ou excelente diminuiu de 23% para 19% na semana passada. A parcela em condição regular ou ruim aumentou de 8% para 11%. O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, contribuiu para os ganhos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja.