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19/Fev/2021

Soja deverá gerar faturamento recorde em 2021

A tendência é de preços sustentados para a soja, com 60% da safra 2020/2021 comercializada antecipadamente pelos produtores a valores acima da média histórica e os restantes 40% devendo ser negociados também a patamares elevados. As cotações futuras da soja em grãos acumulam uma alta de 57,4% nos últimos 12 meses, encerrados em fevereiro, cotadas ao redor dos US$ 13,50 por bushel nos primeiros vencimentos em Chicago. No Brasil, os preços da soja ao produtor acumulam um forte ganho de 92,6% neste mesmo intervalo, resultado da alta dos futuros e da desvalorização do dólar. Nestes últimos 12 meses, o dólar acumula uma alta de 23,7% no Brasil. O Brasil se consolida como o maior produtor e exportador de soja do mundo: responde por 37% da produção global e 50% das exportações mundiais. Em 2021, a soja deverá render aos produtores brasileiros um montante recorde de R$ 326,8 bilhões, segundo projeções do Ministério da Agricultura.

A oleaginosa responde por 33% do Valor Bruto da Produção Agropecuária e o complexo soja (grão, farelo e óleo) por 35% de todas as exportações do agronegócio brasileiro. Na atual safra 2020/2021, a área de soja registrou um incremento de 3,7% no Brasil, atingindo um recorde de 38,3 milhões de hectares, mantendo-se como o principal cultivo agrícola do País, tanto em termos de área, como produção, exportação e faturamento. A safra de soja 2020/2021 está estimada pela nossa Cogo Inteligência em Agronegócio em um recorde de 133,9 milhões de toneladas. Desse montante, devem ficar no País 48,7 milhões de toneladas e 85,5 milhões de toneladas deverão ser exportadas, um novo recorde. Descontado o montante reservado para sementes, em 2021, deverão ser esmagadas 44,8 milhões de toneladas no Brasil em 2021.

Como resultado, o Brasil produzirá 35,7 milhões de toneladas de farelo de soja e 9,4 milhões de toneladas de óleo de soja. Do farelo produzido, metade ficará no mercado interno, destinada, principalmente ao setor de rações. Outra metade será exportada. No caso do óleo, a maior parte da produção (90%) ficarão no mercado interno, com destaque para o biodiesel, que demandará boa parte do coproduto da soja. No Brasil, entre 70% e 75% do biodiesel tem como matéria-prima o óleo de soja. Os 10% restantes de óleo de soja serão exportados. Para o segundo semestre de 2021 e para a nova temporada brasileira e global 2021/2022, as cotações futuras sinalizam valores mais baixos do que os atuais, oscilando atualmente entre US$ 11,80 e US$ 12,30 por bushel, refletindo a expectativa de maior área plantada nos Estados Unidos em 2021/2022, safra que começa a ser plantada no final deste primeiro trimestre de 2021. Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.