19/Fev/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (18/02), após o governo dos Estados Unidos ter projetado um aumento da área semeada com o grão em 2021/2022. Durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a área de soja deve aumentar 8,3%, ou 2,79 milhões de hectares, em relação à temporada anterior, para 36,42 milhões de hectares. O vencimento maio da oleaginosa recuou 8,25 cents (0,60%) e fechou a US$ 13,76 por bushel.
Os atuais preços futuros para a nova safra e fechamentos de contratos para entrega no outono (do Hemisfério Norte) sinalizam um forte aumento em área plantada, especialmente para a soja. O USDA estimou também que o preço médio de soja deve ficar em US$ 11,25 por bushel no ciclo 2021/2022, ante US$ 11,15 por bushel na safra passada. Tendo em vista a forte demanda internacional e estoques apertados, os preços de soja continuarão elevados. Os preços também serão sustentados pela forte demanda doméstica e pela expansão da capacidade de produção de biodiesel nos Estados Unidos. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.
A receita com os embarques de soja em 2021 deve somar US$ 27,4 bilhões, US$ 1,1 bilhão a mais do que a previsão de novembro. O aumento deve refletir a forte demanda da China, além dos preços mais altos da oleaginosa. Atrasos na colheita de soja no Brasil continuam no radar de investidores. A meteorologia informa que a previsão é de chuvas entre moderadas e fortes em áreas centrais e da Região Norte do País nesta semana. Na Região Sul, o clima deve continuar seco por vários dias. Na Argentina, a previsão também é de clima predominantemente seco.