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11/Fev/2021

Cotações futuras da soja direcionados pela oferta

O rali dos preços da soja na Bolsa de Chicago sustentado na demanda terminou. Agora, serão necessários problemas na safra da América do Sul para dar novo impulso às cotações. O rali liderado pela demanda está praticamente terminado; é preciso ver perdas de oferta e estar atento ao clima e no ritmo da colheita no Brasil. A relação estoque-uso no mundo está caindo e serão necessários problemas de suprimento na Argentina ou no Brasil para empurrar essa proporção ainda mais para baixo para o mercado manter o ímpeto altista. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta a safra brasileira em 133 milhões de toneladas e as exportações do País em 2020/2021 em 85 milhões de toneladas. Mas, o mercado tem dúvidas sobre o volume que o Brasil deve exportar.

Os estoques brasileiros na virada do ano estavam muito baixos para comportar embarques dessa magnitude, mesmo com uma safra 2020/2021 volumosa. Por enquanto, existe preocupação com os rendimentos da soja na Região Centro-Oeste. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás são responsáveis por mais de 50% da produção de soja do Brasil. Esses três Estados sofreram grandes secas durante o plantio, replantaram e agora estão vendo fortes chuvas. Para a Argentina, o USDA prevê uma safra de 48 milhões de toneladas. O La Niña já não é tão forte como nos últimos meses, mas está prejudicando um pouco a safra argentina. Quanto à importação chinesa, o USDA projeta 100 milhões de toneladas em 2020/2021.

É possível que os Estados Unidos importem soja do Brasil nos próximos meses em virtude do enxugamento dos estoques do país. A Bolsa de Chicago precisaria estar acima de US$ 14,40 a US$ 14,50 por bushel para fazer algum sentido comprar no Brasil, pagar o custo do transporte e o custo do envio para uma indústria dentro dos Estados Unidos. A expectativa é de que os preços devem subir para racionar o consumo nos Estados Unidos. A percepção é de que não haverá uma grande quantidade de soja chegando do Brasil aos Estados Unidos, até porque o Brasil já vendeu muito, então os Estados Unidos iriam disputar com a China para importar soja do País. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.