05/Fev/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (04/02). O mercado operou em leve alta durante a maior parte da sessão, com a expectativa de que atrasos na colheita no Brasil levem a China a recorrer à soja norte-americana por um período mais longo do que o normal. A ausência de vendas avulsas para o país asiático nesta semana, no entanto, acabou pesando sobre o mercado. O vencimento março da oleaginosa terminou com ganho de 1,25 cent (0,09%) e fechou a US$ 13,72 por bushel.
Até o dia 28 de janeiro, estimativas apontam que os produtores brasileiros tinham colhido apenas 2,5 milhões de toneladas de soja. Nos próximos dias, a previsão é de chuvas entre moderadas e fortes em áreas centrais e do Norte do Brasil, o que vai atrapalhar a colheita e o plantio do milho 2ª safra de 2021. Na Região Sul, a expectativa é de precipitações mais fracas. Parte das compras chinesas que seriam feitas no Brasil podem ser redirecionadas para os Estados Unidos.
Os chineses têm 18 navios aguardando para serem carregados com soja no Brasil, mas o atraso na colheita fez com que eles revendessem entre quatro e cinco carregamentos de soja com embarque entre fevereiro e maio. Eles também revenderam 10 carregamentos com embarque mais próximo. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 824 mil toneladas de soja da safra 2020/2021, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 28 de janeiro. O volume representa alta de 77% ante a semana anterior e de 4% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2021/2022, foram vendidas 633.400 toneladas. A China comprou 1,13 milhão de toneladas do volume total, de 1,46 milhão de toneladas. No dia 9 de fevereiro, o USDA publica seu relatório mensal de oferta e demanda.