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04/Fev/2021

Chicago em alta mesmo com a ausência da China

Os futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira (03/02) na Bolsa de Chicago, apesar da ausência de vendas avulsas do grão norte-americano para a China nesta semana. Os preços da oleaginosa tinham acumulado perda de mais de 1% nas duas sessões anteriores e se aproximaram dos US$ 13,40 por bushel nesta quarta-feira (03/02), o que atraiu compradores. O vencimento março da oleaginosa terminou em alta de 16,50 cents (1,22%) e fechou a US$ 13,71 por bushel. Os ganhos também foram sustentados por atrasos na colheita no Brasil, que podem fazer com que a China continue recorrendo à soja dos Estados Unidos por um período mais longo do que o normal.

Os atrasos provocados pelas chuvas devem manter a demanda nos Estados Unidos por ora. Apenas 2,5 milhões de toneladas de soja foram colhidas até agora no Brasil. A previsão é de chuvas entre moderadas e fortes em áreas centrais e do Norte do País nos próximos dias. Na Região Sul, a expectativa é de chuvas mais fracas. As precipitações recentes foram benéficas para as lavouras, mas atrasaram a colheita. Na Argentina, a condição das lavouras em áreas centrais melhorou consideravelmente após as chuvas recentes. No entanto, o clima deve ficar mais seco a partir desta quinta-feira (03/02) e continuar assim até o fim da próxima semana. Segundo o Itaú BBA, os preços da soja devem seguir firmes na Bolsa de Chicago ao longo dos próximos meses.

O cenário é de balanço extremamente apertado no mundo e nos Estados Unidos. Dada a velocidade de contratação de soja dos Estados Unidos para exportação, não se pode descartar a hipótese de uma nova revisão para cima das vendas externas do país. Ainda assim, fatores como o recrudescimento da pandemia e seus reflexos negativos sobre a economia global, e um cenário climático mais favorável ao desenvolvimento do restante da safra na América do Sul podem levar as cotações a ceder. Todavia, diante do desconforto da oferta, preços altos serão necessários para racionar a demanda. Para 2022, a perspectiva é de uma acomodação maior das cotações diante do esperado aumento da área plantada de soja no mundo.