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03/Fev/2021

Chicago fecha em baixa com a ausência da China

Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (02/02). A ausência de novos reportes de venda avulsa da oleaginosa dos Estados Unidos para a China nos últimos dias pesou sobre as cotações. Assim como na semana passada, a demanda externa segue no radar dos traders, que aguardam uma retomada das compras chinesas ao longo da semana. O vencimento março caiu 10,50 cents (0,77%) e fechou a US$ 13,54 por bushel. No Brasil e na Argentina, as chuvas são favoráveis às lavouras em desenvolvimento, mas podem atrapalhar a colheita da soja já pronta em algumas regiões.

A meteorologia informou que as precipitações das últimas semanas melhoraram a situação das lavouras da Argentina e que chuvas esparsas devem continuar até esta quarta-feira (03/02), seguidas de um padrão mais seco até a próxima semana. No Brasil, quantidades moderadas de chuvas devem atingir áreas centrais de cultivo, o que pode atrasar ainda mais a colheita da oleaginosa e manter em ritmo lento o plantio do milho 2ª safra de 2021. Apesar das condições climáticas não terem sido ideais durante a temporada, a safra brasileira 2020/2021 caminha para um recorde.

As condições das lavouras de soja e de milho do Paraná pioraram na última semana, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab). No caso da soja, o percentual das plantações em boas condições saiu de 82% na semana passada para 77% nesta; aquelas em situação média agora representam 19% do total, contra 14% antes; em condição ruim está 5% da área, ante 3% há uma semana. A previsão é de que apenas 2,5 milhões de toneladas de soja foram colhidas até agora e isso está gerando frustração no setor produtivo.

Além disso, complica a situação nos portos, pois há cerca de 8 milhões de toneladas em navios na programação para serem carregados no mês de fevereiro. Os atrasos provocados pelas chuvas devem manter a demanda nos Estados Unidos por ora. Supondo que o clima fique um pouco mais favorável à colheita, é possível suspeitar que os negócios de exportação de soja se desviarão para o Hemisfério Sul no próximo mês. Isso ocorreria não só pelo maior volume de grãos disponível, mas também por causa do Real enfraquecido ante o dólar, que torna a soja brasileira mais competitiva no mercado internacional.