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01/Fev/2021

Futuros em alta com vendas dos EUA para a China

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (29/01), com uma nova venda avulsa de soja norte-americana para a China. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. O vencimento março ganhou 16,75 cents (1,24%) e fechou a US$ 13,70 por bushel. A percepção é que os preços da oleaginosa precisam subir mais para conter a demanda, tendo em vista a perspectiva de estoques apertados nos Estados Unidos.

A previsão mais recente do USDA é de estoques de 3,81 milhões de toneladas ao fim de 2020/2021, o menor volume em sete anos. No entanto, as duas vendas avulsas para a China anunciadas na semana passada, somando 264 mil toneladas, são para entrega em 2021/2022. Para alguns traders, o aumento recente das vendas da safra 2021/2022 sugere que compradores estão preocupados com a possibilidade de aperto no próximo ano comercial, o que pode manter os preços elevados. Os ganhos foram limitados pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O clima mais úmido na Argentina também impediu uma alta mais acentuada das cotações.

De acordo com a meteorologia, deve chover durante boa parte desta semana. Essas precipitações serão benéficas para grande parte das lavouras. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que o plantio da safra de soja 2020/2021 na Argentina foi concluído. A área semeada alcançou 17,2 milhões de hectares, como previsto. No entanto, as altas temperaturas e a limitada oferta hídrica devem reduzir o potencial de rendimento no centro da área agrícola. Por isso, a estimativa de produção foi reduzida em 500 mil toneladas, para 46 milhões de toneladas. No Brasil, a previsão é de mais chuvas nas Regiões Centro-Oeste e Sul do País, o que deve causar atrasos na colheita. Na Região Sul, há risco de alagamentos.