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28/Jan/2021

Futuros de soja em alta com boas vendas dos EUA

Os futuros de soja fecharam em leve alta nesta quarta-feira (27/01) na Bolsa de Chicago. Os ganhos refletiram em parte a forte demanda externa pelo grão produzido nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram vendas de 258.500 toneladas de soja. Do total, 132 mil toneladas foram para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. Foram relatadas também vendas de 126.500 toneladas para destinos não revelados, com entrega em 2020/2021. O vencimento março subiu 4,50 cents (0,33%) e fechou a US$ 13,74 por bushel. Traders vêm alertando que os preços da oleaginosa precisam continuar elevados para conter a demanda, tendo em vista a perspectiva de estoques apertados nos Estados Unidos.

No começo deste mês, o USDA informou que as reservas domésticas ao fim de 2020/2021 devem somar 3,81 milhões de toneladas, o menor nível em sete anos. O desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 1%, também deu suporte às cotações. O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo avanço do óleo de palma, que é seu concorrente em alimentação e na fabricação de biodiesel. Além disso, os estoques de óleo de soja na China vêm diminuindo há 15 semanas e podem atingir o menor nível desde 2016. Os estoques estão caindo apesar da taxa de esmagamento relativamente alta e de preços mais altos no varejo.

O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras, impediu uma alta mais acentuada dos preços. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Os ganhos também foram limitados pelo clima favorável na América do Sul. De acordo com a meteorologia, áreas centrais do Brasil devem ter chuvas moderadas nos próximos dias, o que vai beneficiar as lavouras, mas pode atrasar a colheita. Há também possibilidade de chuvas fracas na Região Nordeste. Na Região Sul do País, chuvas fortes podem prejudicar lavouras que já têm excesso de umidade e causar alagamentos. Na Argentina, a previsão é de mais chuvas ao longo de toda a semana, com volumes menores em áreas centrais e do sul, e maiores no norte.