27/Jan/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta expressiva nesta terça-feira (26/01). O mercado parece estar voltando suas atenções novamente à perspectiva de estoques apertados nos Estados Unidos. A necessidade de racionamento dos estoques da safra velha continua dando suporte, principalmente no complexo soja.

Os preços devem continuar elevados enquanto não houver sinais de que a demanda está se desacelerando. O vencimento março da oleaginosa avançou 26,75 cents (1,99%) e fechou a US$ 13,70 por bushel. Os exportadores continuam vendendo soja norte-americana em ritmo acelerado, o que significa que esmagadoras nos Estados Unidos precisam reduzir a demanda para que o país não fique sem soja.

Na semana passada, os preços caíram com força, refletindo um movimento de liquidação de posições compradas diante do clima mais úmido na América do Sul. As chuvas na região não resolvem todos os problemas, mas diminuem o risco de uma piora significativa da qualidade da safra. A forte queda do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, também impulsionou as cotações.

O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Além disso, os atrasos na colheita no Brasil podem fazer com que importadores recorram à soja norte-americana por mais tempo do que o normal. Em Mato Grosso, a maior parte da colheita não deve ocorrer até a terceira semana de fevereiro, prevendo que a soja brasileira só deve chegar com força ao mercado de exportação em março.