26/Jan/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta expressiva nesta segunda-feira (25/01), após terem registrado na semana passada a primeira desvalorização semanal desde o começo de dezembro. O vencimento março da oleaginosa avançou 31,75 cents (2,42%) e fechou a US$ 13,43 por bushel. Os preços acumularam perda de 7,4% na semana passada, sendo 4,27% somente na sexta-feira (22/01), com fundos de investimento liquidando posições compradas diante do clima mais úmido na América do Sul. Dados divulgados na sexta-feira (22/01) mostraram que os fundos continuaram reduzindo suas apostas na alta dos preços de soja na semana encerrada em 19 de janeiro.
Segundo levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (USDA), a posição líquida comprada desses agentes caiu 8,67% no período, passando de 150.541 a 137.496 lotes. Nas três sessões seguintes, os futuros de soja na Bolsa de Chicago caíram outros 5,3%, o que indica que o saldo comprado agora deva ser ainda menor. Esse fator, combinado com o forte interesse externo pelo grão norte-americano e a necessidade de preços mais altos para conter a demanda, pode ter estimulado a recompra de contratos nesta segunda-feira (25/01).
Entre 15 e 22 de janeiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou vendas avulsas de soja totalizando mais de 880 mil toneladas, sendo 404 mil toneladas para a China. Mesmo assim, nesse período os futuros na Bolsa de Chicago caíram em quatro sessões e fecharam estáveis em uma. Além do clima mais favorável na América do Sul, o movimento da semana passada parece ter sido motivado em parte pela percepção de que os fundos estavam muito comprados.
Era uma percepção geral de que a liquidação de posições iria acontecer. Com a diminuição das preocupações com a safra sul-americana, o mercado provavelmente vai se concentrar na demanda chinesa por grãos, no comportamento do dólar e na temporada de plantio nos Estados Unidos. Chuvas no Brasil e na Argentina nas últimas semanas podem significar que mais revisões para baixo na safra da região são menos prováveis, pelo menos por enquanto.