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25/Jan/2021

Futuros de soja sofrem forte queda com liquidação

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda expressiva na sexta-feira (22/01), apesar de fortes vendas externas dos Estados Unidos e alertas de que os preços precisam subir mais para conter a demanda. Fundos de investimento liquidaram posições compradas com a expectativa de mais chuvas em regiões de cultivo do Brasil e da Argentina. As perdas foram acentuadas por ordens automáticas de venda, que são disparadas quando os preços estão em queda e atingem certos níveis predeterminados.

O vencimento março da oleaginosa perdeu 58,50 cents (4,27%) e fechou a US$ 13,11 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que exportadores do país venderam 1,818 milhão de toneladas de soja da safra 2020/2021, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 14 de janeiro. O volume representa forte alta ante a semana anterior e a média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2021/2022, foram vendidas 831 mil toneladas. A China comprou 1,18 milhão de toneladas do volume total, de 2,649 milhões de toneladas.

Separadamente, o USDA informou que exportadores relataram venda de 136 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2020/2021. A demanda continua forte e a perspectiva é de estoques apertados nos Estados Unidos, mas alguns analistas dizem que as compras chinesas tendem a diminuir, já que nesta época do ano a China começa a redirecionar suas compras para o Brasil. Outros acreditam que o país asiático seguirá comprando soja norte-americana por mais tempo do que o normal, devido ao receio de que o grão brasileiro chegue mais tarde ao mercado.

É provável que a China continue recorrendo aos Estados Unidos em fevereiro e março, até que o volume disponível no Brasil cresça. Isso aumentaria ainda mais a necessidade de preços altos para racionar a demanda. No começo deste mês, o USDA projetou que os estoques nos Estados Unidos ao fim de 2020/2021 devem somar 3,81 milhões de toneladas, o menor nível em sete anos. Embora a safra brasileira deva chegar mais tarde ao mercado por causa de atrasos no plantio, a expectativa é de uma colheita robusta.