22/Jan/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (21/01), após terem recuado nas três sessões anteriores e acumulado desvalorização de 4,3% no período. Os preços ficaram estáveis apesar de sinais de boa demanda externa pelo grão produzido nos Estados Unidos. O vencimento março da oleaginosa ganhou 0,75 cent (0,05%) e fechou a US$ 13,70 por bushel. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram vendas de 299.290 toneladas de soja, sendo 136 mil toneladas para a China e 163.290 toneladas para o México.

Ambos os carregamentos têm entrega prevista para o ano comercial 2020/2021. No entanto, esse movimento recente da China provavelmente está sinalizando o fim da demanda sazonal, e o país asiático agora deve redirecionar suas compras para o Brasil. Porém, a demanda chinesa recente pode estar relacionada a temores de que a safra brasileira chegue mais tarde ao mercado, por causa do clima seco que atrasou o plantio. A paralisação de caminhoneiros na Argentina também influenciou os negócios. A chegada de caminhões nos portos está bem abaixo do normal para esta época do ano.

Desde o início do protesto, apenas 10% do número habitual de caminhões ingressou nos portos do país, informou o jornal La Nación. Esses fatores foram contrabalançados pela alta do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O clima favorável na América do Sul também impediu uma alta mais acentuada dos preços. Segundo meteorologia, a previsão é de mais chuvas em áreas centrais e da Região Sul do Brasil nos próximos sete dias. Em áreas centrais da Argentina, há indicação de chuvas esparsas nos próximos sete dias. Precipitações recentes ficaram acima do normal e beneficiaram as lavouras do país.