21/Jan/2021
Os futuros de soja fecharam em baixa nesta quarta-feira (20/01) na Bolsa de Chicago, refletindo o clima mais favorável na América do Sul. Chuvas na Argentina e na Região Sul do Brasil podem permitir que uma safra robusta chegue ao mercado. Após chuvas acima da expectativa durante o último fim de semana na Argentina, o mercado caiu, o que parece sinalizar que o clima era o motivo das altas. As chances de grandes problemas na safra da América do Sul por causa de questões climáticas parecem ter diminuído. O vencimento março da oleaginosa recuou 16,25 cents (1,17%) e fechou a US$ 13,69 por bushel.
A queda foi atribuída em parte a um movimento de redução de posições compradas por fundos de investimento. No entanto, os compradores foram atraídos quando os preços se aproximaram de US$ 13,50 por bushel, o que fez com que o mercado recuperasse algumas perdas. Comentários feitos por Janet Yellen, futura secretária do Tesouro no governo de Joe Biden, também pesaram sobre os contratos. As commodities agrícolas caíram após Yellen ter dito que os Estados Unidos estão preparados para enfrentar as políticas comerciais e econômicas "abusivas" da China.
Os comentários de Yellen sugerem que o governo Joe Biden pode manter algumas das políticas duras de Donald Trump em relação à China. Além disso, traders devem se preparar para uma possível redução das compras chinesas de soja dos Estados Unidos daqui para a frente. Nas últimas semanas, a China voltou a comprar soja norte-americana, o que alimentou um rali de preços na Bolsa de Chicago. Porém, esse movimento recente dos chineses provavelmente está sinalizando o fim da demanda sazonal. O país asiático, agora, deve redirecionar suas compras para o Brasil.