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18/Jan/2021

Futuros da soja em queda com embolso de lucros

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (15/01), antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (18/01), os mercados permanecem fechados por causa do feriado do dia de Martin Luther King. Traders embolsaram lucros após os ganhos que se seguiram ao relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no dia 12 de janeiro. Nas quatro primeiras sessões da semana passada, os preços acumularam valorização de 4%, e estão atualmente no maior nível em mais de seis anos. Os preços mais altos também podem estar estimulando vendas por parte de produtores. O vencimento março da oleaginosa caiu 13,75 cents (0,96%) e fechou a US$ 14,16 por bushel.

O mercado também foi pressionado pelo desempenho do óleo de soja, que caiu quase 3%. O derivado, por sua vez, acompanhou a forte queda do óleo de palma. Os dois óleos vegetais são concorrentes em alimentação e na fabricação de biodiesel. O recuo do óleo de soja refletiu ainda o enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras, é outro fator que pesou sobre os contratos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Os fundamentos, no entanto, continuam altistas e muitos analistas argumentam que os preços têm de subir mais para racionar a demanda.

Por enquanto, os preços mais altos parecem não estar desacelerando as vendas norte-americanas. Na quinta-feira (14/01), o USDA informou que exportadores venderam 908 mil toneladas de soja da safra 2020/2021 na semana encerrada em 7 de janeiro, aumento de 93% em relação à média das quatro semanas anteriores. A China comprou 758.300 toneladas desse volume. O USDA informou na sexta-feira (15/01) que exportadores relataram venda de 318 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para 2021/2022. As vendas da safra 2021/2022 estão aumentando ultimamente, o que sugere para alguns que compradores estão preocupados com um possível aperto no próximo ano comercial, o que pode manter os preços elevados.