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15/Jan/2021

Futuros de soja em alta com boas vendas dos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (14/01), refletindo a forte demanda externa pelo grão produzido nos Estados Unidos e a perspectiva de estoques apertados no país. Por causa desses fatores e das incertezas em torno da safra sul-americana, muitos analistas estão chamando atenção para a necessidade de preços mais altos para racionar a demanda. O vencimento março da oleaginosa subiu 24,25 cents (1,72%) e fechou a US$ 14,30 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 908 mil toneladas de soja da safra 2020/2021, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 7 de janeiro. O volume representa alta expressiva ante as 37 mil toneladas reportadas na semana anterior, e aumento de 93% em relação à média das quatro semanas anteriores.

A China comprou 758.300 toneladas para 2020/2021. Para a safra 2021/2022, as vendas somaram 326 mil toneladas, sendo 66 mil toneladas para o país asiático. As vendas totais forma de 1,23 milhão de toneladas. Além disso, o USDA anunciou vendas avulsas de soja de 100 mil toneladas ou mais nos cinco dias úteis anteriores, totalizando 1,06 milhão de toneladas para entrega no ano comercial 2020/2021. Do total, 336 mil toneladas foram compradas pela China e 729.650 toneladas, por destinos não revelados. Analistas acreditam, porém, que pelo menos parte das vendas para destinos não revelados seja para a China. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, também deu suporte às cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja.

Outro fator que continua no radar de investidores é a perspectiva para a safra na América do Sul. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu nesta quinta-feira (14/01) sua estimativa para produção global de soja em 2020/2021, de 365 milhões de toneladas para 359 milhões de toneladas. O corte foi motivado principalmente por preocupações com o clima na região. De acordo com a meteorologia, a previsão é de chuvas em áreas centrais e da Região Sul do Brasil nos próximos dias. No entanto, o Rio Grande do Sul não deve ter chuvas fortes. O clima mais úmido deve melhorar a condição das lavouras, com exceção daquelas que foram semeadas mais cedo. Na Argentina, a expectativa é de chuvas moderadas e bem distribuídas nos próximos dois dias. Depois disso, o clima volta a ficar seco.