14/Jan/2021

Os futuros de soja fecharam em baixa nesta quarta-feira (13/01) na Bolsa de Chicago. O mercado passou por uma correção após a alta de mais de 3% registrada na sessão anterior. O vencimento março da oleaginosa recuou 12,00 cents (0,85%) e fechou a US$ 14,06 por bushel. Na segunda-feira (12/01), os preços foram impulsionados por dados de produção nos Estados Unidos que vieram abaixo da expectativa do mercado. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que produtores do país colheram no ano passado 112,55 milhões de toneladas de soja. Em dezembro, o USDA tinha estimado 113,50 milhões de toneladas. O relatório do USDA de janeiro passou, e o mundo inteiro pôde reagir aos seus dados altistas.

Isso produziu uma ressaca de curto prazo, enquanto o mercado aguarda novos indícios de que os preços elevados estão racionando a demanda. Os mercados de grãos geralmente fazem pausas desse tipo antes de buscar novas máximas. O USDA também cortou sua estimativa de estoques nos Estados Unidos ao fim de 2020/2021, de 4,76 milhões para 3,81 milhões de toneladas. Embora a estimativa de estoque tenha ficado acima da previsão, representa o menor volume em sete anos e isso tem preocupado o mercado. Com a China ainda buscando soja dos Estados Unidos e as esmagadoras ainda operando com margens positivas, os preços precisam subir mais para desacelerar a demanda.

O USDA informou nesta quarta-feira (13/01) que exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 464.300 toneladas de soja para destinos não revelados. Do total, 396.300 toneladas têm entrega prevista para a temporada 2020/2021, e 68 mil toneladas, para 2021/2022. Traders também continuam atentos à perspectiva para a safra sul-americana. De acordo com o 4º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta-feira (13/01), os produtores brasileiros devem colher 133,69 milhões de toneladas em 2020/2021. No mês passado, a expectativa era de 134,5 milhões de toneladas. Na safra anterior, foram colhidos 124,84 milhões de toneladas. O USDA reduziu sua projeção para a safra da Argentina em 2020/2021, de 50 milhões para 48 milhões de toneladas.