11/Jan/2021

A tendência é de crescimento na demanda interna por soja em 2021, mas o cenário é mais delicado para a produção de proteína animal. As indústrias de carnes estão com margens mais apertadas, até porque pagaram muito pela soja e pelo milho em 2020, e os preços da carne recuaram. Entretanto, a perspectiva de recuperação da economia após a pandemia do novo coronavírus pode dar fôlego ao consumo interno e às exportações de farelo para produção de carnes. A perspectiva de maior consumo interno de soja se deve em grande parte ao biodiesel. A partir de março de 2021, deverá entrar em vigor o B13 (mistura de 13% de biodiesel no diesel).

Houve incertezas no mercado ao longo de 2020, quando distribuidores de combustíveis pediram a redução da mistura, atualmente em 12%, e foram atendidos pelo governo para períodos pontuais. Durante setembro e outubro, distribuidoras puderam vender diesel com 10% de biodiesel. Independentemente se for B13 ou B12 podemos esperar um crescimento da demanda por biodiesel a reboque da volta do crescimento da economia, que deve puxar o consumo de diesel, elevando a necessidade de biodiesel. Se a mistura voltar a aumentar, tem combustível adicional para a demanda do biodiesel e consequentemente de esmagamento de soja. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.