15/Dez/2020

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) não descarta a possibilidade de aumento nas importações brasileiras de soja no próximo ano para atender à maior demanda de esmagadoras e processadoras da oleaginosa. Isso pode ocorrer para atender a uma demanda mais para o final do ano, mas, em relação ao que o Brasil produz de soja, deve ser um volume muito pequeno. Neste mês, a associação elevou a projeção para importação de soja no próximo ano, de 500 mil toneladas estimadas em novembro para 800 mil toneladas. Em 2020, a perspectiva de importação foi mantida em 1 milhão de toneladas.

Quanto à safra 2020/2021, é cedo para revisar as perspectivas de produtividade por causa das condições climáticas desfavoráveis, mas em todos os Estados produtores houve uma taxa alta de produção. O produtor soube investir em aumento de tecnologia para elevar a produção. O ano de 2020 trouxe desafios importantes, especialmente em relação a medidas públicas e privadas que garantissem uma capacidade de transporte de produto para todos os colaboradores da indústria, diretos ou indiretos. O Brasil conseguiu atender bem à demanda internacional em 2020, com o ritmo de escoamento superando os registros de 2019 em quase todos os meses, embora tenha perdido força dos embarques a partir de setembro, em razão de uma maior demanda interna para esmagamento.

Em relação aos preços, até agosto, o impulso veio praticamente apenas da valorização do dólar ante o Real. De setembro a novembro, a evolução das cotações se deu mais relacionada à Bolsa de Chicago, que foi impulsionada por uma safra cerca de 10 milhões de toneladas abaixo do previsto nos Estados Unidos. Nesse sentido, em 2021, com os Estados Unidos tendo menor disponibilidade de produto e a possibilidade de a Argentina ver uma quebra na produção também, o Brasil pode ter maior demanda internacional. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.