15/Dez/2020

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) afirmou que a indústria vai privilegiar em 2021 o processamento de soja para atender o mercado de biodiesel com o óleo e abastecer o setor de proteína animal com farelo. As condições climáticas estão desfavoráveis para as lavouras, mas ainda é prematuro projetar qualquer cenário de falta de soja em 2021. Mesmo que a produtividade seja reduzida, a colheita de soja brasileira no próximo ano ainda deve ser recorde, puxada principalmente pelo incremento da área plantada.

Em relação ao farelo de soja, destaca-se a necessidade de se produzir mais para atender à demanda crescente da cadeia produtiva de proteína animal. No mercado externo, a demanda pelo derivado cresce de acordo com o desenvolvimento do consumo por carnes. O crescimento anual da exportação de farelo continua pequeno, apesar do forte aumento de processamento. Os embarques de farelo não têm esse lado dinâmico das exportações de grãos, mas metade do farelo que o Brasil produz é exportado.

Quanto mais óleo de soja for utilizado para fabricação de biodiesel aumenta o desafio de dar liquidez para o farelo produzido. O ano vai ser fechado com algum estoque de farelo de soja e a perspectiva é de que, para 2021, esse estoque cresça também. Para o óleo, há uma certa previsibilidade, embora o cenário esteja nebuloso. A preocupação é com o farelo. Salienta-se que 20% da soja esmagada vira óleo e quase 80% se transforma em farelo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.