14/Dez/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (11/12), com a expectativa de estoques apertados nos Estados Unidos. No dia 10 de dezembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu sua estimativa para reservas domésticas do grão, mas o número ficou acima da projeção do mercado, o que levou traders a vender contratos. Mesmo assim, a nova previsão representa o menor estoque final desde a temporada 2013/2014. As reservas ao fim de 2020/21 foram estimadas em 4,76 milhões de toneladas, ante 5,17 milhões de toneladas projetados no relatório de novembro.

O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 7,75 cents (0,67%) e fechou a US$ 11,60 por bushel. Os estoques de soja nos Estados Unidos estão desconfortavelmente baixos, e boa parte do mercado espera que a oferta global fique ainda mais apertada, a menos que haja uma melhora da perspectiva para a safra brasileira, o que não é esperado no momento. Traders talvez estivessem esperando um aumento da estimativa de exportações norte-americanas, mas o número foi mantido em 59,87 milhões de toneladas.

Nas últimas semanas, as vendas dos Estados Unidos vêm se desacelerando, em grande parte por causa da ausência de compras chinesas. A queda recente do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, deu algum suporte às cotações. Somente em dezembro, a moeda norte-americana acumula perda de mais de 5%. Quanto ao Brasil, o clima seco em áreas de cultivo nas últimas semanas levou várias consultorias a reduzir sua previsão para a safra do País. No entanto, as reduções não são suficientes para fazer diferença nos preços no momento.