04/Dez/2020

A previsão de chuvas nas principais áreas de cultivo da América do Sul pesa sobre as cotações da soja na Bolsa de Chicago. Se as chuvas generalizadas, que estão previstas, de fato se concretizarem no Brasil, isso poderá impulsionar o desenvolvimento das mudas de soja, que até agora vinham sofrendo com a estiagem, que já havia atrasado a semeadura. A maioria das estimativas brasileiras projeta a safra de soja entre 134 milhões e 135 milhões de toneladas, um pouco acima dos números do Departamento de Agricultura dos Estados (USDA) e do Conselho Internacional de Grãos (IGC), de 133 milhões de toneladas e 133,5 milhões de toneladas, respectivamente.

Em novembro, a seca no Brasil, em conjunto com as revisões para baixo da safra dos Estados Unidos e a demanda chinesa aquecida, desempenhou um papel fundamental para puxar o preço da soja para o nível mais alto em quatro anos e meio. É certo que os participantes do mercado orientados para o curto prazo já começaram no fim de outubro a reduzir as posições compradas líquidas que haviam anteriormente expandido maciçamente. Eles ainda permanecem em um nível muito alto, no entanto. Se eles forem reduzidos rapidamente, como resultado de uma mudança no sentimento, isso poderia gerar pressão adicional sobre os preços. O mercado de soja deve ficar deficitário em 2020/2021, mesmo que o Brasil tenha uma safra recorde e, nos próximos meses, isso ajudará os preços a se manterem altos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.