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02/Dez/2020

Futuros em baixa com previsão de chuva no Brasil

Os futuros de soja na Bolsa de Chicago fecharam em queda nesta terça-feira (1º/12), dando continuidade às perdas verificadas na sessão de segunda-feira (30/11). As cotações seguem pressionadas pelas previsões de condições climáticas mais favoráveis no Brasil, além de refletirem um movimento de liquidação de posições compradas, com base em fatores técnicos. A soja para janeiro, contrato mais líquido, caiu 6,50 cents (0,56%) e fechou a US$ 11,62 por bushel.

As lavouras da oleaginosa no Brasil, principal concorrente dos Estados Unidos no mercado internacional, vinham sofrendo com uma prolongada estiagem, que poderia levar a um corte nas estimativas de produtividade, deslocando a demanda para o produto norte-americano. A meteorologia reafirmou as perspectivas de chuvas moderadas a fortes no Centro-Sul brasileiro durante os próximos 10 dias. O mercado tende, portanto, a monitorar o clima, especialmente na parte mais central do País, onde a soja está entrando na fase de floração e precisa de mais umidade.

No Paraná, por exemplo, o plantio de soja atingiu 99% da área prevista, informou hoje o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab). A situação das lavouras da oleaginosa não mudou entre uma semana e outra. O mercado também passou por uma correção técnica, com traders ajustando posições em meio à incerteza se os futuros se fixarão em trajetória baixista, com o vencimento mais líquido se mostrando incapaz de romper a resistência dos US$ 12,00 por bushel.

Dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostraram que fundos reduziram em 2,3% o saldo comprado na semana encerrada na última terça-feira (24/11). Com o relatório mostrando que as posições compradas entre os fundos caíram quase 2.800 contratos e as posições vendidas subiram mais de 2.300 contratos, os traders de grãos estão se perguntando se os futuros da soja começarão a cair em breve.

Provavelmente é prematuro afirmar isso como um fato, mas, por enquanto, parece que a atenção deles se voltou para outro lugar. Entretanto, é possível que quaisquer reduções bruscas de preço atraiam compras chinesas adicionais. Portanto, traders continuam atentos a possíveis novidades na demanda externa pela soja norte-americana, com a expectativa de que vendas robustas de soja sejam reportadas no relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será publicado na quinta-feira (03/12).