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26/Nov/2020

China quer cancelar as compras de soja dos EUA

Alguns importadores e processadores de soja chineses têm buscado cancelar acordos de compra de carregamentos dos Estados Unidos para embarques em dezembro e janeiro, depois que as margens de esmagamento entraram em colapso após uma forte alta nos contratos futuros da Bolsa de Chicago. Este é um primeiro sinal de desaceleração da demanda chinesa após uma onda de compras de cinco meses.

A forte demanda da China, combinada com a seca no principal produtor, o Brasil, elevou os contratos na Bolsa de Chicago em 13% neste mês. A China é o maior importador mundial de soja, respondendo por mais de 60% dos embarques. Pequenos importadores privados de soja estão tentando cancelar os embarques de soja dos Estados Unidos em dezembro e janeiro, já que as margens de esmagamento se tornaram negativas.

Isso é para os importadores que compraram cargas, mas não fixaram o preço no mercado futuro. A China aumentou as importações de soja para um recorde este ano, ao reconstruir um rebanho de suínos dizimado pela peste suína africana (PSA) em 2018 e 2019. A China também acelerou as compras de soja dos Estados Unidos para cumprir a “Fase 1” do acordo comercial entre os dois países, que exigia aumentos nas compras de produtos agrícolas.

A soja tem sido historicamente o produto de exportação agrícola mais valioso dos Estados Unidos. O forte avanço dos preços neste mês, para máximas de mais de quatro anos na Bolsa de Chicago, está começando a corroer o entusiasmo dos compradores. Aguns importadores estão tentando fazer "washout", um instrumento usado quando comprador e vendedor concordam mutuamente em cancelar um negócio. Faz sentido que pequenos importadores privados desistam das cargas dos Estados Unidos, já que não precificaram no mercado futuro antes. Trazer grãos dos Estados Unidos para a China a esse preço pode significar perda de dinheiro.

As fontes não forneceram o número de negócios cancelados ou que devem ser alvo de "washouts". Os preços da soja têm sido sustentados nas últimas semanas pela incerteza quanto à oferta do Brasil, que sofreu com a seca que atrasou o plantio da safra a ser colhida no início de 2021. A Argentina, o maior fornecedor mundial de farelo de soja e óleo de soja, também enfrentou seca, mas as previsões recentes na América do Sul melhoraram as perspectivas. Fonte: Reuters. Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.