26/Nov/2020

Segundo o Rabobank, no estudo “Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro 2021”, as cotações dos contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago no ano que vem devem subir para entre US$ 12,00 e US$ 12,40 por bushel. A safra dos Estados Unidos deve ficar abaixo das expectativas iniciais, e deve haver forte demanda de importação da China. Além disso, a disponibilidade de soja no Brasil está baixa.

A China deve importar 100 milhões de toneladas, pois está recuperando o plantel de suínos este ano após a peste suína africana (PSA) e, desta vez, é com um movimento mais estruturado, de propriedades melhores e que demandam mais farelo. Consequentemente, precisam importar mais soja em grão. Com a baixa disponibilidade de soja no Brasil, após exportações fortes no primeiro semestre, os embarques dos Estados Unidos para a China devem superar as 32 milhões de toneladas.

As exportações totais dos Estados Unidos devem ser recordes neste ciclo, podendo superar 60 milhões de toneladas. Tal montante reduziria os estoques norte-americanos e ajudaria a impulsionar os preços da oleaginosa nas bolsas internacionais. Para a safra 2020/2021 no Brasil, deve haver aumento de 2,7% na área plantada, para 37,9 milhões de hectares, e de 4,2% na produção, para 130,2 milhões de toneladas.

Ainda é uma posição conservadora para a safra brasileira em comparação com Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ou do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). É preciso observar o clima da América do Sul e a possibilidade de consolidação do La Niña. As exportações brasileiras também podem bater novo recorde, alcançando 84 milhões de toneladas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.