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26/Nov/2020

Futuros recuam com os rumores de cancelamentos

Os contratos futuros de soja fecharam em queda nesta quarta-feira (25/11) na Bolsa de Chicago. O vencimento janeiro, ainda o mais líquido, cedeu 7,25 cents (0,61%) e fechou a US$ 11,84 por bushel. Os contratos deram continuidade ao ajuste técnico que começou na terça-feira (24/11). Antes, haviam sido sete sessões consecutivas de alta. Também responderam à possibilidade de queda na demanda externa.

Dois fatores colaboram para a impressão de que as exportações norte-americanas podem recuar no curto prazo: a possibilidade de cancelamento de compras da China e a expectativa de menores vendas dos Estados Unidos ao exterior na semana encerrada em 19 de novembro. Reportagem da agência Reuters diz que compradores chineses querem cancelar pedidos de soja por causa da queda nas margens do processamento causada pelos altos preços do produto norte-americano. As reportagens sobre possíveis cancelamentos preocupam.

Além disso, as expectativas do mercado para o relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta-feira (27/11), são de queda nas vendas de soja e óleo. O Rabobank estima que, no ano que vem, os preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago fiquem entre US$ 12,00 e US$ 12,40 por bushel. A safra dos Estados Unidos deve ficar abaixo das expectativas iniciais, e deve haver forte demanda de importação da China.

Além disso, a disponibilidade de soja no Brasil está baixa. A China deve importar 100 milhões de toneladas. Para a safra 2020/21 no Brasil, a estimativa é de que o País tenha aumento de 2,7% na área plantada, para 37,9 milhões de hectares, e de 4,2% na produção, para 130,2 milhões de toneladas. É preciso manter a atenção no clima da América do Sul e a possibilidade de consolidação do La Niña. As exportações brasileiras também podem bater novo recorde, alcançando 84 milhões de toneladas.