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25/Nov/2020

RS pede ajuda no combate a impactos da estiagem

Representantes do setor produtivo e do governo do Rio Grande do Sul apresentaram uma lista de pedidos de ajuda à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para amenizar impactos de uma nova estiagem que já afeta a produção no Estado. Estimativas preliminares dão conta de que ao menos 100 mil hectares de milho estão prejudicados pela falta de chuvas, principalmente na região noroeste, e que os prejuízos acumulados já chegam a R$ 260 milhões apenas no caso de agricultores familiares financiados pelo Pronaf. Um dos pedidos das entidades é para que os produtores que plantaram milho em agosto, setembro e outubro, para silagem ou grão, e tiveram perdas graves (acima de 60%) possam semear outra cultura, com novo financiamento e cobertura do Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária). No entanto, a medida depende de uma atualização do Manual do Crédito Rural (MCR), que precisa ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A janela para plantio da soja vai até 20 de dezembro, e para o milho dura até 10 de janeiro. Alguns dados, como o número de produtores e propriedade afetadas serão repassados para os técnicos do ministério. Após, será marcada uma nova reunião para próxima semana. As propostas foram apresentadas em reunião por videoconferência na segunda-feira (23/11). Os produtores pedem pressa, principalmente por causa do acúmulo de perdas sofridas no início do ano e agora. A seca no verão do ciclo 2019/2020 reduziu a produção de milho em grão em 31%, a de soja em 46% e a de milho silagem em 32%. Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), houve muitas promessas no início do ano, mas, de concreto, só teve prorrogação. Agora, é preciso resoluções rápidas. A preocupação maior é com os criadores de gado leiteiro. Sem silagem e com grãos caros para a ração, o pleito é para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ofereça a opção de venda de 100 mil toneladas de milho balcão aos produtores do Estado.

Ainda nessa linha, outra proposta é para dobrar o limite de consumo para os bovinos de leite, de 60 para 120 quilos por mês, no programa de milho balcão. Os produtores pedem ações para enxugar a oferta de leite por meio das compras institucionais do governo, como AGF e PAA, e outras que contenham o aumento dos custos de produção, com maior oferta de soja e milho nas regiões produtoras do Estado, com Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (PEPRO). Nenhum documento apresentado à ministra pediu a interrupção das importações de lácteos, como pediram recentemente a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A Fetag-RS ainda insistiu na criação de um auxílio emergencial para os agricultores atingidos pela estiagem no verão e agora novamente. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.