24/Nov/2020

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (23/11). O vencimento janeiro chegou a encostar, na máxima, em US$ 12,00 por bushel, mas novamente terminou abaixo desse patamar. A soja para janeiro subiu 10,50 cents (0,89%) e fechou a US$ 11,91 por bushel.

Os contratos não conseguiram ultrapassar a barreira de US$ 12,00 por bushel, apesar do sentimento do mercado de que as chuvas no Brasil no fim de semana não foram suficientes para aliviar a situação das lavouras de soja. Os futuros da soja com vencimento em janeiro não conseguiram subir acima de US$ 12,00 por bushel pela terceira vez nos últimos 10 dias.

A seca brasileira continua chamando a atenção dos traders em meio a perdas maiores da safra. A safra de soja 2020/2021 do Brasil é o foco do mercado em virtude dos temores sobre como prejuízos por aqui afetariam o balanço de oferta e demanda de soja dos Estados Unidos, que já não suporta qualquer demanda adicional. Os volumes de soja inspecionados nos portos dos Estados Unidos diminuíram na semana encerrada no dia 19 de novembro. Os dados foram publicados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em seu relatório semanal de inspeção dos embarques de grãos do país. O volume de soja inspecionado para exportação em portos norte-americanos foi de 2,01 milhões de toneladas, queda de 18,52% ante a semana anterior.

Ainda assim, o volume segue acima do total de igual período do ano passado, quando saíram 1,952 milhão de toneladas. No acumulado da temporada até agora, foram 24,418 milhões de toneladas embarcadas pelos EUA, ante 14,395 milhões de toneladas em igual intervalo do ciclo anterior. A China foi o principal destino da oleaginosa norte-americana na última semana e receberia 1,39 milhão de toneladas de soja embarcada pelos Estados Unidos. A demanda de exportação foi um impulsionador dos futuros de grãos nesta segunda-feira (23/11), já que a China pode estar cautelosa com as dificuldades nas lavouras brasileiras.