16/Nov/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (13/11), voltando ao território positivo após o recuo verificado no pregão de quinta-feira (12/11). As cotações da oleaginosa acompanharam os dados das exportações semanais dos Estados Unidos, que embora tenham apontado queda nas vendas de soja, mostraram aumento expressivo na comercialização do óleo de soja na semana encerrada em 5 de outubro. O vencimento março subiu 2,50 cents (0,22%) e fechou a US$ 11,48 por bushel.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país venderam 1,468 milhão de toneladas de soja no período, 4% a menos que na semana passada e o menor volume do ano comercial até o momento. Para o óleo de soja, as vendas chegaram a 88 mil toneladas, contra 6,8 mil toneladas vendidas na semana anterior. A China foi o principal comprador de soja na semana, tendo adquirido 745,6 mil toneladas do total. Apesar disso, o mercado continua digerindo a ausência dos reportes diários do USDA de vendas de mais de 100 mil toneladas de soja para o país asiático.

A expectativa era de que esse volume aumentasse após a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial dos Estados Unidos. Além disso, depois que o relatório mensal de oferta e demanda do USDA mostrou uma redução nas estimativas para a oferta da safra norte-americana, traders passaram a se concentrar mais nos indicadores de demanda. O impulso recente nos preços dos grãos tem aumentando a intenção de plantio de produtores norte-americanos.

Muitos agricultores estão adiando a venda de sua safra de 2020 na esperança de que os preços continuem subindo. Nesse sentido, o mercado aguarda a publicação, nesta segunda-feira (16/11), do relatório semanal de acompanhamento de safra do USDA, a fim de verificar se a colheita da oleaginosa foi concluída no país. O último levantamento mostrou que 92% da safra de soja tinha sido colhida até o dia 8 de novembro, um avanço de 5% ante a semana anterior. O número é superior à média de cinco anos, de 90%.