13/Nov/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (12/11), em um movimento de realização de lucros após três sessões seguidas de alta. As cotações da oleaginosa vinham sendo sustentadas pelo corte maior do que o esperado nas estimativas do governo norte-americano para a produção e os estoques finais da safra 2020/2021 no país. Os preços também foram pressionados pela perspectiva de mais chuvas na América do Sul.

O vencimento março caiu 7 cents (0,61%) e fechou a US$ 11,45 por bushel. O mercado volta as suas atenções para o Brasil, onde as chuvas começam a aparecer em regiões afetadas por estiagem. De acordo com a meteorologia, são esperadas precipitações esparsas na Região Sul do Brasil até a segunda-feira (16/11), que devem melhorar a situação das lavouras de soja já semeadas. O mercado está carregado de especulação, e o Brasil está tendo a chuva que precisava.

Do lado técnico, fundos, até a manhã de quarta-feira (11/11), tinham posição comprada em soja de 280 mil contratos, um novo recorde histórico. Isso dá a traders bastante espaço para realizar lucros. As cotações refletiram, ainda, o maior pessimismo nos mercados diante do avanço da segunda onda de Covid-19, especialmente nos Estados Unidos. Lá, a sinalização de que novas medidas restritivas sejam adotadas aumenta a preocupação do mercado quanto ao escoamento dos grãos e a demanda por alimentos, especificamente no segmento do food service.

Além disso, a ausência de novos relatos diários de vendas avulsas de soja dos Estados Unidos para o mercado externo contribuiu para as perdas. Desde a confirmação da vitória de Joe Biden na eleição presidencial do país, investidores monitoram com mais afinco as vendas de grãos para exportação, na tentativa de identificar novas aquisições da China. As exportações de soja dos Estados Unidos devem ser maiores no relatório semanal de exportação que o USDA divulgará nesta sexta-feira (13/11).