12/Nov/2020

O Itaú BBA vê preços firmes da soja no País no curto prazo diante da redução da disponibilidade do grão no mercado doméstico e do atual nível dos futuros na Bolsa de Chicago, que superaram US$ 11,00 por bushel. A redução a zero da TEC (Tarifa Externa Comum) para a importação de soja não deve ter impactos relevantes no mercado já que os preços de paridade de importação seguem acima dos observados domesticamente. Os preços atingiram recordes nominais na maioria das regiões do País.

Em Sorriso (MT), a soja fechou a última semana a R$ 171,60 por saca de 60 Kg, alta de 18% desde o início de outubro. Além do salto na Bolsa de Chicago, a razão para esses aumentos dos valores em Real segue sendo a baixa disponibilidade de soja no Brasil atrelada às boas margens de esmagamento. Quanto à safra 2020/2021, ainda é cedo para que grandes cortes da produção esperada sejam realizados, embora o plantio tenha ocorrido de forma tardia em relação a anos anteriores na maioria das regiões produtoras.

Entretanto, é importante ter no radar que esse é um ano de La Niña e que, portanto, pode trazer menos chuvas à Região Sul do País e à Argentina. A elevação dos preços internacionais da soja com a consolidação de um balanço mais apertado nos Estados Unidos e as fortes vendas externas do país, especialmente para a China. Até o dia 29 de outubro, o volume contratado para exportação nos Estados Unidos da safra 2020/2021 totalizava 48,5 milhões de toneladas, 132% maior do que em igual período do ano anterior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.