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12/Nov/2020

Futuros avançam com baixos estoques dos EUA

Os futuros de soja fecharam em alta na Bolsa de Chicago pela terceira sessão consecutiva, ainda com suporte na perspectiva de aperto da oferta norte-americana. O vencimento janeiro subiu 6,50 cents (0,57%) e fechou a US$ 11,52 por bushel. Enquanto os contratos de milho e trigo passaram por embolso de lucros após os ganhos expressivos de terça-feira (10/11), os contratos de soja continuaram sustentados. Os estoques de soja caíram para níveis historicamente apertados no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado na terça-feira (10/11), sem revisões para cima da demanda. Considerando que todas as indicações de demanda recentes são de que o país está a caminho de consumir mais do que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) está projetando atualmente, os preços precisam subir para manter a demanda sob controle. O USDA fez um corte maior do que o esperado nas estimativas de estoque e produção dos Estados Unidos.

Houve redução na estimativa de produção norte-americana de 116,15 milhões de toneladas para 113,50 milhões de toneladas na temporada 2020/2021. A previsão de estoque dos Estados Unidos no fim da temporada 2020/2021 diminuiu para 5,17 milhões de toneladas, ante 7,9 milhões de toneladas previstas no mês anterior. O clima seco na Argentina e em partes do Brasil, aliado ao otimismo em outros mercados, ajudou a dar suporte aos preços. As chuvas ainda irregulares na América do Sul têm levado traders a projetar atraso na colheita ou até perdas na produção, o que influenciaria a procura pelo produto norte-americano. Contudo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua previsão para a produção de soja em 2020/2021 para 134,95 milhões de toneladas, ante 133,67 milhões de toneladas previstos em outubro.

O USDA manteve a estimativa para a safra brasileira de soja em 2020/2021 em 133 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina foi reduzida de 53,5 milhões para 51 milhões de toneladas. As chuvas que chegam à Região Sul do Brasil e à Argentina na próxima semana podem tirar um pouco da força do rali nos mercados de grãos. O clima da América do Sul é fundamental para o milho e a soja nos próximos meses, mas nem todas as ocorrências do La Niña causam grandes perdas na safra. Chuvas importantes estão chegando a partes do Brasil na próxima semana, então isso pode tirar um pouco do fôlego do mercado de milho e soja no curto prazo. Os ganhos expressivos do óleo de soja, que subiu mais de 2% nos principais contratos, também contribuíram para a alta da oleaginosa. O aperto nos estoques de óleo de palma vem dando suporte aos preços dos óleos vegetais. O USDA também reduziu a perspectiva de produção de óleo de soja da Argentina, maior exportador mundial do produto.