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11/Nov/2020

Futuros da soja em alta após o relatório do USDA

Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (10/11) após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter reduzido suas previsões de produção e estoque domésticos da safra 2020/2021. Os preços atingiram o maior nível desde junho de 2016. O vencimento janeiro subiu 35,50 cents (3,20%) e fechou a US$ 11,46 por bushel. O USDA reduziu sua estimativa de produção do país de 116,15 milhões de toneladas para 113,50 milhões de toneladas na temporada 2020/2021. Do lado da demanda, foram mantidas as expectativas para exportação em 2020/2021 em 59,87 milhões de toneladas e esmagamento, em 59,33 milhões de toneladas. Em contrapartida, elevou as estimativas de uso para sementes e reduziu as de uso residual. A previsão de estoque final dos Estados Unidos em 2020/2021 diminuiu para 5,17 milhões de toneladas, ante 7,9 milhões de toneladas da previsão do mês passado.

Se confirmado, esse seria o nível de estoque final mais baixo dos últimos sete anos. Os estoques finais da soja nos Estados Unidos estão 64% abaixo do ano passado e 79% menores na comparação com dois anos atrás, enquanto o consumo doméstico da soja está projetado em níveis recordes. A oferta de grãos está apertando. De acordo com alguns traders, os estoques agora estão ficando baixos o suficiente para que a percepção de escassez seja embutida nos preços da soja. Muito disso se resume à China. Se o clima na América do Sul continuar desfavorável para as safras regionais, a China pode ter que suprir suas necessidades de soja comprando produtos norte-americanos. No entanto, se os preços subirem muito, a China pode cancelar algumas de suas compras nos Estados Unidos ou vender soja previamente adquirida no mercado de exportação.

Traders ficarão atentos para ver se a China e outras nações ajudarão a confirmar as perspectivas de exportação dos Estados Unidos. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou a sua previsão para a produção de soja em 2020/2021 para 134,95 milhões de toneladas, ante 133,67 milhões de toneladas previstos em outubro. Em 2019/2020, o Brasil produziu 124,84 milhões de toneladas. A expectativa é que produtores plantem uma área maior. A Conab elevou a previsão de 37,88 milhões de hectares para 38,25 milhões de hectares, com demanda firme da China e preços atrativos. O clima quente e seco em algumas partes do Brasil deixou o plantio lento em algumas áreas de cultivo de soja. Mas, à medida que a precipitação se regulariza, a maioria dos agricultores deve terminar o trabalho dentro da janela ideal.