09/Nov/2020

Os contratos futuros de soja fecharam em queda na sexta-feira (06/11) na Bolsa de Chicago, interrompendo uma sequência de cinco pregões consecutivos de valorização, tendo superado a resistência de US$ 11,00 por bushel e atingido na quinta-feira (05/11) o valor mais alto desde junho de 2016. O vencimento janeiro, o mais líquido, perdeu 2,25 cents (0,20%) e fechou a 11,01 por bushel. As cotações refletiram um movimento de realização de lucros por traders, com base em fatores técnicos. Investidores liquidaram parte do saldo comprado em uma tentativa de reduzir a exposição ao risco.

Traders também se antecipam às perspectivas para oferta e demanda mundial da commodity, segundo relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será publicado nesta terça-feira (10/11). As perdas foram limitadas, contudo, pelos sinais de demanda externa aquecida do continente asiático. O USDA anunciou que exportadores dos Estados Unidos venderam 404,15 mil toneladas de soja para o mercado externo. Desse total, 271,15 mil toneladas foram adquiridas por destinos não revelados e as outras 132 mil toneladas pela China.

Além disso, foram reportadas vendas de 30 mil toneladas de óleo de soja para a Coreia do Sul. Embora o relatório semanal de exportações divulgado na quinta-feira (05/11) tenha mostrado que a China adquiriu 810,7 mil toneladas de soja na semana encerrada em 29 de outubro, traders vinham sentindo a ausência do país asiático nos relatos diários de vendas avulsas de mais de 100 mil toneladas. Antes de sexta-feira (06/11), a última compra de soja pela China havia sido reportada no dia 15 de outubro.