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04/Nov/2020

Importação de soja dos EUA chega a valores altos

Embora o governo brasileiro tenha derrubado temporariamente as taxas de importação de soja para países de fora do Mercosul a fim de aliviar os preços internos, a operação de trazer a oleaginosa do exterior pode não ser compensadora. A principal origem para vender soja para o Brasil são os Estados Unidos, que estão em plena colheita. Porém, se forem considerados o câmbio e as questões relacionadas ao frete, os preços de importação não são viáveis. Desta forma, não se esperam grandes volumes importados. Mas algumas importações deverão ocorrer.

De todo modo, alguns cálculos mostram se há ou não vantagem de fato em trazer a soja dos Estados Unidos para o Brasil. Para a soja em grão, observando os contratos de novembro de 2020 na Bolsa de Chicago, de US$ 10,82 por bushel, a referência de preços nos Estados Unido está em US$ 397,66 por tonelada, o equivalente a R$ 133,61 por saca de 60 Kg, desconsiderando o frete. Com base na cotação média do dólar do mês de outubro por exemplo, em R$ 5,60, a referência no Porto de Paranaguá (PR) estaria em R$ 166,00 por saca de 60 Kg.

Considerando a paridade de preços, sem levar em conta os custos logísticos para trazer a oleaginosa dos Estados Unidos para o Brasil, a soja ficaria cotada a R$ 169,43 por saca de 60 Kg. Se considerar os custos com frete para a internalização, que giram entre R$ 100,00 e R$ 300,00 por tonelada, a depender do destino final, há um incremento de R$ 6,00 até R$ 18 por saca de 60 Kg, o que torna as importações, nas situações atuais de preços no mercado interno, desinteressantes. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.