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03/Nov/2020

Relação de troca por insumos é favorável à soja

A relação de troca da soja por insumos está favorável ao produtor este ano e abaixo da média histórica no Paraná e em Mato Grosso. A análise considera os sete insumos: fertilizantes, ureia, semente, calcário, óleo diesel, herbicidas e colheitadeiras, até o mês de setembro. A relação de troca, que é o comparativo entre o preço do grão por saca de 60 Kg e as cotações dos insumos, tem apresentado, neste ano, no Paraná, resultado favorável, ficando abaixo da média dos últimos dez anos. No caso de Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, a relação de troca também tem resultado favorável para o produtor ante a média dos últimos cinco anos. É possível identificar dois grandes motivadores dessa variação positiva nas relações de troca da soja brasileira: a explosão no padrão dos preços domésticos observada ao longo de 2020, com picos consecutivos sendo obtidos desde o início do ano, por alta na Bolsa de Chicago, prêmios e câmbio; e o impacto proporcionalmente menor nos preços dos insumos pela manutenção de elevada taxa de câmbio.

No caso Paraná, a relação de troca da soja para a compra dos insumos utilizados na produção apresentou melhora nos sete produtos levantados no comparativo com o ano anterior, além de também apresentar resultado mais favorável do que as médias históricas de dez anos. A relação com fertilizante NPK 04-30-10, por exemplo, passou de 20,73 sacas de 60 Kg da oleaginosa para 1 tonelada do produto em setembro de 2019 para 13,34 sacas de 60 Kg em setembro, com preços dos insumos levantados pelo Departamento de Economia Rural (Deral/Seab). Em Mato Grosso, o cenário também é positivo, com ganho no poder de compra da soja para todos os insumos analisados, considerando o comparativo entre setembro de 2019 e de 2020. Além disso, dos sete itens levantados, cinco deles apresentaram desempenho favorável no comparativo de cinco anos. A relação com fertilizante de modulação 00-18-18, por exemplo, tem média de 19,43 sacas de 60 Kg por 1 tonelada de produto. Em setembro/2019, essa relação era de 20,37 sacas de 60 Kg e caiu para 13,12 sacas de 60 Kg. Considerando um fertilizante KCl, a relação saiu de 25,14 por saca de 60 Kg para 15,34 por saca de 60 Kg, entre setembro de 2019 e setembro de 2020.

Com um terceiro tipo, Super Simples, a relação de troca saiu de 16,90 por saca de 60 Kg para 11,26 por saca de 60 Kg no comparativo anual e ficou muito abaixo da média histórica de 15,28 por saca de 60 Kg, com preços dos insumos levantados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Para a análise, foram considerados os preços médios em Cascavel, no oeste do Paraná, que tem média de R$ 103,11 por saca de 60 Kg neste ano, mais de 30% acima de 2019, e em setembro ficou em R$ 138,81 por saca de 60 Kg, uma diferença positiva de 70,7% sobre setembro de 2019. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a média anual do preço da soja está em R$ 96,24 por saca de 60 Kg, também mais de 30% superior aos R$ 72,67 por saca de 60 Kg da média do ano passado. Em setembro, o preço fechou a R$ 129,38 por saca de 60 Kg, 66,7% acima dos R$ 77,62 por saca de 60 Kg da média de setembro do ano anterior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.