30/Out/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam baixa nesta quinta-feira (29/10), refletindo a ausência da China nos anúncios de vendas avulsas feitos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A última venda avulsa de 100 mil toneladas ou mais para o país asiático ocorreu em 15 de outubro. A tendência para preços futuros vai depender amplamente da continuidade ou não das compras chinesas.

Processadoras chinesas de soja podem estar esperando a eleição presidencial norte-americana antes de retomar as compras. O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 4,25 cents (0,40%) e fechou a US$ 10,50 por bushel. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. Segundo o USDA, exportadores venderam 1,62 milhão de toneladas de soja da safra 2020/2021, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 22 de outubro.

O volume é 27% menor do que o comercializado na semana passada e 35% inferior à média das quatro semanas anteriores. A China comprou 1,073 milhão de toneladas do volume total. O ressurgimento dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos e na Europa e incertezas relacionadas à eleição nos Estados Unidos também levaram traders a reduzir suas posições compradas. O mercado também foi pressionado pelo recuo do petróleo, que faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

O óleo de soja, que caiu 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu nesta quinta-feira (29/10) sua estimativa para a produção global de soja em 2020/2021, de 373 milhões de toneladas para 370 milhões de toneladas. Para o consumo da oleaginosa, a projeção passou de 369 milhões de toneladas para 370 milhões de toneladas. Os estoques finais foram reduzidos de 50 milhões para 46 milhões de toneladas.